Os posts sobre as minhas leituras andam um pouco mais parados, mas, a verdade, é que quando os livros não me cativam muito, acabo sempre por demorar mais tempo a ler. Foi o caso deste livro: O Palácio de Papel da Miranda Cowley Heller. Já tinha lido reviews muito boas, por isso estava muito entusiasmada para o ler, mas foi uma grande desilusão. O Palácio de Papel é uma casa em Cape Code onde a Elle, personagem principal do livro, passa todo os Verões com a sua família. É um drama bastante lento que se passa no decorrer de 24 horas enquanto a Elle contempla e toma uma decisão entre o amor pelo seu marido e o amor pelo seu amigo de infância. Só esta premissa não me cativa nada, pois, como podem facilmente perceber, houve uma traição aqui pelo meio. Ela não é de todo uma personagem com a qual nos identificamos, o que por vezes resulta nos livros, mas aqui acho mesmo que foi desnecessário e, na minha opinião, não resulta neste livro em específico. Há também diferentes linhas de tempo enquanto a Elle regressa à sua infância e, para mim, isto foi extremamente confuso. Enquanto leitor, é bastante difícil seguir a linha de tempo e, mais uma vez, acho que foi desnecessário para a história principal. Toca também no tema de abuso de crianças o que não vi mencionado em lado nenhum e acho que deviria ter algum aviso, pois nem todas as pessoas querem ler sobre este tema. Por último, tem também bastante personagens supérfluas que só tornaram a história ainda mais confusa. Eu sei que muitas pessoas gostaram imenso deste livro, mas, para mim, foi só uma tremenda confusão.



The posts about books are coming very slowly lately but the truth is that when books don't catch my attention immediately, I take a long time to finish them. It was the case in the book: The Paper Palace by Miranda Cowley Heller. I've read so many good reviews about it that I was very excited to read it, but it was very disappointing, to be honest with you. The Paper Palace is a rambling house in Cape Code, where
Elle, the main character of this book, spends all her summers with her family. This is a slow-building drama that takes place over the course of 24 hours, as Elle contemplates her love for her husband and a childhood friend. So this premise is already a big no to me since as you can easily realize, there was cheating involved. She's not a relatable character which sometimes works but I don't think it worked in this book specifically. There are multiple timelines as Elle thinks back to certain parts of her childhood and this part was extremely confusing to me. Very hard to follow along and I don't think it would be necessary for the main story. Also, touches on child abuse which is never mentioned and I think I should have some kind of warning since it's not a topic everyone wants to read about. Last but not least, there are too many superfluous characters that just made the book even more confusing. I know a lot of people loved this book, but, to me, was just a big mess.




"Nice is the enemy of interesting."



 


Por favor não levem este título muito a sério, porque de psicologia não percebo nada, mas de influencers, posso dizer, que percebo alguma coisa. Somos (e reparem que também eu estou incluída neste pronome pessoal) uma espécie interessante com comportamentos por vezes estranhos e, como tal, acho mesmo que somos pessoas (nem que seja só um pouco) egocêntricas. Deixem-me explicar porquê.


Please don't take this post too seriously because I don't understand much about psychology, but I can say that I understand a bit about influencers. We are (and please note that I'm included in this) a very interesting species with very bizarre behaviours, so I think we are (even if just a little) egocentric people. Let me explain to you why.



We Think Everyone Misses Us

Quantas vezes dizemos "eu sei que ando desaparecida" ou quantas vezes comecei eu um post com "eu sei que esta semana não publiquei", mas cheguei à conclusão que ninguém quer saber. Queria ter lançado um post ontem e criei em mim mesma essa pressão, mas ninguém quer saber se lanço um post na quarta ou na quinta-feira. Eu sei que sou só uma em milhões de pessoas que seguem, mas nós achamos sempre que somos a última bolacha do pacote.

How many times do we say "I know I have been missing" or how many times have I started a post by saying "I know I haven't post in a while" but I came to the conclusion that no one cares. I should have launched a post yesterday and I created that pressure in myself, but no one cares if I post on Wednesday or Thursday, or if I post at all. I know I'm just one in a million people you follow, but we can stop thinking we are that special influencer you really love.



When People Show Us Love, We Share It

Eu juro que tento não fazer isto muitas vezes, mas por vezes é mesmo inevitável. Quando alguém partilha nas redes sociais que gosta de nós e que gosta de nos seguir, nós não conseguimos simplesmente agradecer e continuar a nossa vida. Nós agradecemos, sim, mas nós partilhamos essa mensagem. Porque toda a gente que já nos segue, tem de ver como nós somos adoradas. Eu fiz isto ontem, não me julguem.

I swear I try not to do this often, but sometimes we just can't help it. When someone shares on social media that they like us and like to follow us, we just can't thank that person and move on. No! Of course, we thank them, but then we share that message. Because everyone that already follows us has to see how much people like us. I did this yesterday, don't judge me.




We Post Photos...Of Ourselves

Este, para mim, é mesmo o auge do egocentrimo e aqui estou eu a falar sobre isto com fotografias minhas a ilustrar este post. Mas acho mesmo interessante: porque razão começamos nós a fotografar-nos e a publicar essas fotografias com o mundo? Eu foi porque queria partilhar o meu estilo. Mas porquê? Porque acho que tenho um estilo do caraças. Porque razão um Youtuber decide gravar o seu dia e partilhá-lo com o mundo? Se isto não é egocentrismo, então não sei o que é.

This is to me the top of the egocentrism and here I am talking about this with photos of myself illustrating this post. I really find it very interesting: why did we decide to take photos ourselves and share those photos with the world? I know why I did it because I wanted to share my personal style. But why? Because I think I have a fucking great style. Why did a Youtuber decide to record his day and share it with everyone? If this isn't egocentrism, then I don't know what it is.


top and bag SECOND HAND | trousers MANGO | sandals PULL&BEAR


 


No outro dia, enquanto fazia um scroll básico pelo Instagram, deparei-me com uma Story da Bárbara Inês onde ela dizia como as sessões fotográficas que ela organiza são as suas favoritas. Identifiquei-me tanto com isto que decidi escrever sobre o assunto. As fotografias que estão a ver são o resultado de uma dessas sessões fotográficas que eu organizei e que me deu imenso prazer. Começou tudo com o fato-de-banho da Gecko Swimwear que é totalmente o meu estilo e precisava de um sítio especial para ser fotografado. O local que me veio logo à mente foi o Mouco Hotel e fiquei mesmo muito feliz de ter a possibilidade de fotografar lá. É um espaço incrível aqui no Porto que, além de hotel, é também bar, restaurante e espaço de concertos, mas a arquitetura do espaço é mesmo outro nível. Já com estes dois aspetos definidos, só faltava fotógrafo que, para mim, também foi muito fácil. Já tinha trabalhado com a Ana Alves anteriormente e gosto mesmo muito do trabalho dela. Tira fotografias lindas e deixa-me sempre muito confortável, por isso, quando ela aceitou criar estas fotografias comigo não podia ter ficado mais contente. E o resultado foi este. Estou mesmo muito orgulhosa e feliz com o resultado final. Dá-me mesmo muito prazer organizar estas sessões fotográficas, mesmo que seja só para criar conteúdo para mim, sem qualquer fim monetário. É nestas alturas que te apercebes o quanto tu gostas de fazer o que estás a fazer.


The other day, while I was scrolling through Instagram, I saw an Instagram Story by Bárbara Inês where she was saying how much she enjoys photoshoots that she plans. I really related to this so today I decided to write about that subject. The photos you are seeing are the result of a photoshoot I organized and that I enjoyed very much. Everything started with this swimsuit from Gecko Swimwear that I love and that is so my style, but it needed a special place to be shot at. The perfect place came into my mind right away, Mouco Hotel, and I was so happy for being able to shoot there. It's an amazing place here in Porto that besides being a hotel, it's also a bar, restaurant and show venue, but the architecture is out of this world. With these two things planned, the last thing to decide was the photographer, which came to me very naturally as well. I've worked with Ana Alves before, and I truly love her work. She takes beautiful photos, and always leaves me very comfortable in front of the camera, so when she said yes I couldn't be happier. This was the result. I'm so proud and so happy with the final result. I really love to create these photoshoots, even if the photos are only for my content with no money involved. It really is the best, and it's when you realize how much you love to do what you're doing.


 


E assim acaba o conteúdo de Porto Santo, com o post que eu mais gosto de publicar: as fotografias analógicas da viagem. Enquanto ia tirando fotos por lá com o telemóvel, achava sempre que as fotografias não faziam jus à beleza que estava a ver, mas as analógicas aproximam-se um pouco mais. Basta olhar para a cor da água na primeira fotografia, que fico logo cheia de saudades e com vontade para voltar. Espero que gostem das fotografias tanto quanto eu.


And so the Porto Santo content comes to an end, and with my favourite post to publish: the analogue photos. While I was there shooting photos with my phone, I was always thinking that those photos weren't showing the beauty I was seeing, but these photos do. Looking at the colour of the water in the first photo, makes me miss it so much and want to go back asap. I hope you like these photos as much as I do. 


 


Desde que a cintura baixa voltou a ser uma tendência que ouço muitas raparigas dizer: gosto imenso, mas acho que não é para mim, tenho a barriga muito flácida. Ou: não tenho o corpo para isso. Ouvir isto deixa-me bastante triste, porque estes pensamentos também passam pela minha cabeça. Felizmente, cheguei a um ponto em que consigo deixá-los de lado e usar as roupas que bem me apetece. No dia em que usei este outfit estava inchada e usei na mesma a saia que tanto gosto. O que interessa se estamos inchadas? O que interessa se temos a barriga flácida? É o meu corpo, tenho de viver com ele para o resto da vida, por isso mais vale gostar dele e usar as roupas que tanto gosto. As tendências de moda deviam ser para todos, mas, infelizmente, isto não acontece. Ainda me lembro nos anos 2000, quando a cintura baixa chegou em força, quem usava a tendência. Paris Hilton, Christina Aguilera, Rihanna, tudo mulheres com a barriga lisa perfeita. Era um tempo que tudo o que não fosse magro e jovem, não era considerado bonito. Claro que estamos a viver tempos diferentes agora, body positivity nunca foi tão falado como nos dias de hoje, mas sinto que a idealização deste tipo de corpo está devagarinho a voltar. Basta procurar "low-rise" no Google e os títulos dos artigos que aparecem são "Low-rise jeans are back. Don't Panic" ou "What Body Types Look Good in Low Rise Jeans". Pensava que vivíamos um tempo em que já nem nos interessávamos pelos diferentes tipos de corpo e o que fica bem em quem, mas parece que não. O que é um pouco diferente agora é o conteúdo que decidimos consumir, mas quem acabo por ver sempre a usar esta tendência são as Bella Hadid's e as Kendall Jenner's deste mundo. Sinto-me um pouco a reviver os anos 2000. Literalmente. E não de uma boa forma. Por isso se gostas de low-rise (ou qualquer outra tendência que gostas mas achas que não é para ti) usa. Não importa se és alta, baixa, gorda ou magra. Estamos em 2022, a cintura baixa pode estar de volta, mas, do que depender me mim, esta ideia de um corpo ideal tóxico não estará de volta tão cedo.


Ever since low-rise became a trend that I've been hearing a lot of girl saying: I love it, but I don't think I can pull it of, my belly is too flacid. Or I just don't have the body for it. This makes me really sad because sometimes this thoughts also come through my mind. Luckily, I'm at a place where I can just shake them off and wear the clothes that I feel like wearing. I was swollen in this day and I still wore the damn skirt that I love so much. So what if I'm swollen? So what if I'm flacid? It's my body, I have to live with it for the rest of my life, I just better love it and wear the clothes that I love so much. Fashion trends should be open to everyone, but, unfortunelty, they are not. I still can remember in the 2000s who wore low-rise jeans. Paris Hilton, Christina Aguilera, Rihanna, all women who had the perfectly flat torso. It was a time when anything other than thin and young, wasn't consider beautiful. Sure, we are living different times now, body positivity is a hot topic and it was never so much talked about, but I do feel like the idolisition of this body standard is slowly coming back. Just search "low-rise" on Google and the titles of the articles that show up are "Low-rise jeans are back. Don't Panic" or "What Body Types Look Good In Low Rise Jeans?". I thought we were living in times where this kind of stuff didn't matter anymore but looks like it's not the case. What's a bit different now it's the content we decide to consume, but I always end up seeing the same people wearing this trend, people like Bella Hadid or Kendall Jenner that have the so-called "perfect body". It feels like not only this trend is back, the 2000s are back as well. Literally. And not in a good way. So if you like low-rise (or any other trend that you like and don't feel comfortable wearing) just wear it. It doesn't matter if you're tall, short, thin or fat. We're in 2022 for god's sake. Low-rise might be back, but I will not let toxic body standards be back as well.


top BERSHKA | skirt and bag VINTAGE | shoes HAVAIANAS




A semana passada estive um pouco mais off por aqui, mas, se me seguem no Instagram, sabem que foi porque estive no Porto Santo de férias. Foi a minha primeira vez na ilha e amei. Paisagens lindas, comida deliciosa, praias paradisíacas, you named it. Por isso hoje trago-vos o meu Porto Santo Travel Guide, para que possam desfrutar de todos os sítios a que fui e ficar a conhecer a ilha. Espero que gostem.


Last week I was a bit off but, if you follow me on Instagram, you know it was because I was on vacation in Porto Santo. It was my first time on the island, and I loved it. Beautiful landscapes, fantastic food, beaches that looked like paradise, you named it. So today I bring you my Porto Santo Travel Guide so that you can also visit all these unique places I went to and get to know the island. I hope you like it.

What To Do



Para ser sincera, nem sei por onde começar. Quando partilhei no Instagram que estava a ler este livo, A Little Life da Hanya Yanagihara, muitos de vocês enviaram mensagem a dizer que não ia ser fácil e até a desejar-me boa sorte. Este livro segue a vida de quatro amigos (Willem, JB, Malcolm e Jude) que, após se formarem, se mudam para Nova Iorque. Tudo parece bastante normal, até ficarmos a conhecer mais da história de Jude que acaba por ser o centro de toda a história. Para resumir, durante a sua infância, ele passa por abandono, violência, abuso físico e emocional, prostituição forçada e trauma psicológico. E a escritora não nos poupa a nada quando revela tudo isto, todos os detalhes são nos contados. É uma história horrível. Sem dúvida, o livro mais devastador que já li até hoje, mas adorei. Não sei o que isto diz sobre mim, mas não conseguia parar de ler. Claro que por vezes o que estava a ler era tão gráfico e horrível que tinha de parar um pouco e fazer outras coisas, mas a vontade de continuar a ler e saber o que acontece com estas personagens acabava sempre por aparecer novamente. É um livro com muitos trigger warnings, por isso não o recomendo a qualquer pessoa. É uma viagem bastante difícil e, sem dúvida, que não é para qualquer um. Como li algures alguém dizer: "É um livro excelente, talvez até perfeito, mas não o recomendo a ninguém." Claro que isto é um pouco trágico de dizer, mas percebo perfeitamente. Eu adorei, sei que o vou ler novamente no futuro, mas leiam-no por vossa própria conta em risco.

P.S.: não chorei.


My god, where to begin with? When I posted on my Instagram that I was reading this book, A Little Life by Hanya Yanagihara, all of you warned me that it was going to be a rollercoaster and some of you even wished me good luck. This book follows the lives of four friends (Willem, JB, Malcolm and Jude) who move to New York after graduation. This sounds pretty average and normal until you find out more about Jude's backstory who ends up being the centre of the story. To sum up his life, he goes through abandonment, violence, physical and emotional abuse, forced prostitution and psychological trauma. And the writer spares us no mercy when revealing all of this. It's a horrible story. It's by far the most devastating book I have ever read, but I loved it. I don't know what that says about me, but I couldn't stop reading it. Yeah, sometimes the things being told were so graphic and so horrible that I had to put it down for a while and do something else, but then I found myself wanting to read it again, wanting to know what's going to happen with these characters. It's a book with a lot of trigger warnings so I wouldn't recommend it to everyone. It's such a difficult journey that I can't suggest everyone take it. Like I read someone saying: "This is an excellent, maybe perfect book, and I will not recommend it to anyone". It's a bit too much to say this, but I totally get it. I loved it, I know I will read it again in the future, but read it at your own risk.

P.S.: I didn't cry.




"Wasn't friendship its own miracle, the finding of another person who made the entire lonely world seem somehow less lonely?"



Na sociedade capitalista em que vivemos, cada vez mais somos levamos a acreditar que o nosso trabalho é o fator mais importante das nossas vidas e aquilo que nos define. Já se aperceberam que quando nos dizem para falarmos um pouco sobre nós é das primeiras coisas que dizemos? Talvez primeiro digamos o nosso nome, a nossa idade, mas logo depois vem o nosso trabalho. Eu sou a Helena, tenho 25 anos e sou content writer/creator. Mas será isso mesmo verdade? É verdade que é algo que faço e que talvez seja o que mais preenche o meu dia, mas não acho que seja algo que me defina. Isto é, é algo que eu faço, mas não é aquilo que eu sou. Mas continua a ser surpreendente para mim como tão facilmente nos definimos através dos nossos trabalhos. Trabalhar para uma grande empresa pode ficar lindamente no nosso currículo, mas na vida real, fora do papel, é assim tão importante? Claro que pode ser um sucesso teu do qual de orgulhas e, se for o caso, claro que o deves mencionar, mas não o deixes tornar-se parte da tua identidade. Li uma frase sobre este assunto que fez todo o sentido para mim: "as pessoas não se vão lembrar de ti pelo trabalho que tiveste, mas sim pela forma com as fizeste sentir" e concordo a 100% com isto. Por isso da próxima vez que te pedirem para falares sobre ti ou que te perguntem quem és, responde com aquilo que tu amas, com os teus sonhos, com aquilo que te faz feliz. Eu começo. Eu sou a Helena, tenho 25 anos, adoro fotografar, quando não estou a trabalhar provavelmente estou a ler, sou uma dog e cat mom e as pequenas coisas na vida (como ver o pôr-do-sol ou fazer um piquenique na praia) são o que me traz mais alegria. E tu, quem és tu?


In our capitalist society, we are constantly made to believe that our job has to be the main focus in our lives and what defines us. Have you realised that every time someone asks us to talk about ourselves one of the first things we mention is our job? Maybe we start by saying our name, our age but then our job. I'm Helena, I'm 25 years old and I'm a content writer/creator. But is that true? Am I really a content writer? Sure it's something I spend a lot of time doing, but does it really define who I am? It's something I do, but it's not who I am. But it's still overwhelming how easily we use our jobs to define ourselves. Working for a renowned company might look good on your resume, but does it matter that much in real life? Of course, you might consider it a big success and something you're proud of, but it shouldn't be your identity. I read somewhere a quote about this that makes a lot of sense to be: "other people won't remember you by the job you had but by how you made them feel" and I totally agree. So next time someone asks you to talk about yourself or ask you who you are, answer with the things you love, what you're passionate about, your dreams, and what makes you really happy. I'll go first. I'm Helena, I'm 25 years old, I love to take photos, when I'm not working I'm probably reading, I'm a dog and cat mom and the little things in life (like watching the sunset or having a picnic at the beach) are what makes me really happy. What about you? Who are you?


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