Sabem aquelas prendas que oferecem um pouco também a pensar em vocês? Ofereci este livro à minha mãe no seu aniversário, mas, claro, que secretamente também o queria ler. Falo do 'Último Caderno de Lanzarote' de José Saramago. Não sabia muito bem o que esperar, pois fico sempre um pouco na dúvida com livros publicados após a morte do autor, nunca se sabe se seria a sua intenção publicá-los ou não, mas gostei muito deste livro. No entanto, algo que eu não sabia é que é o último de seis diários escritos entre 1993 e 1998. Ficaram os outros cinco na minha lista, mas decidi ler este na mesma. Claro que é completamente diferente dos seus romances, mas a genialidade de sua escrita está sempre presente. Foi escrito em 1998, ano em que recebeu o Prémio Nobel, e, portanto, permite-nos seguir o seu percurso até esse momento, tal como as suas inquietações e pensamentos. Acho que foi isso mesmo que me fascinou no livro, fiquei a conhecer um pouco melhor a pessoa que foi José Saramago. A única coisa que tenho a apontar é que existem algumas entradas no diário que parecem inacabadas, que lhes falta algo, mas é compreensível, visto que os textos não vêm à luz tal e qual como o autor idealizou. Mas, tirando isso, gostei imenso do livro. Claro que apenas o recomendo se forem fãs do escritor, caso contrário diria para começarem pelos seus romances e seguirem esse caminho até se apaixonarem pela escrita do mesmo.
Do you know those gifts that you give also thinking a bit about yourself? Well, I gave this book to my mom on her anniversary, but, obviously, I secretly also wanted to read it. I'm talking about the 'Último Caderno de Lanzarote' de José Saramago. I really didn't know what to expect, because I always doubt the books that are published after the author' death, you don't always know if he really wanted to publish them or not, but, in the end, I really loved the book. However, I didn't know it was the last of the sixth diaries written between 1993 and 1998. The other five are now on my list, but I decided to read this one anyway. Of course, it's very different from his novels, but his geniality is always present. It was written in 1998, the year he received the Nobel Prize, so you can really follow his path until that moment, as well as his thoughts and fears. I think that's exactly what I love about the book, I felt like I got to know Saramago as a person. The only thing I have to say is that are few entries on the diary that feel incomplete, but it's understandable since the texts don't come to life exactly as the author wanted. But I really liked it. Obviously, I only recommend it if you're a fan of the writer, otherwise, you should start with his novels and follow that path until you fall in love with his writting.
"A Terra é única, o ser humano, não."
2 comments
Já li também os dois primeiros livros desta coleção. Como não gostar de Saramago? Já li vários livros dele, todos com histórias diferentes e podia não fizer na capa o nome do autor que eu saberia quase sem dúvidas que foi Saramago quem os escreveu. Quanto a estes cadernos de Lanzarote, um tipo de escrita que se pode tornar muito pessoal, gosto especialmente de ler pequenas observações que ele faz do seu dia a dia, coisas simples, que podem passar desapercebidas para muitos de nós mas que ele, ao (d)escrevê-las torna-se bonitas, importantes.
ReplyDeleteÉ tão isso!
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